Curitiba – 19 de setembro de 2025 – Um ex-vendedor de frutas que transformou a indignação em ação prática agora vê sua ideia ganhar força nacional. Diego Saldanha, criador da Ecobarreira no Rio Atuba, conquistou um marco inédito: a viabilização do primeiro projeto básico da iniciativa que já retirou toneladas de lixo dos rios urbanos.

Da ideia artesanal ao projeto replicável

A proposta, que nasceu em 2016 de forma artesanal – com tambores de 50 litros e redes de proteção improvisadas – evoluiu para um modelo técnico capaz de inspirar governos, empresas e instituições a multiplicarem a solução em outras cidades. “Se fosse por mim, colocaria uma ecobarreira a cada 10 km de rio urbano”, afirma Diego, que também criou o “Museu do Lixo”, espaço educativo que reúne objetos curiosos resgatados das águas, como sofás e bonecas.

Engenharia e coletividade

O salto de qualidade só foi possível pela união de forças. O Instituto Renato Muzzolon, em parceria com a MS3 Engenharia, trouxe cálculos estruturais e desenhos técnicos detalhados que transformaram a ideia em um projeto replicável. “Através do Instituto Renato Muzzolon, a MS3 está somando forças nessa ideia, ajudando a Ecobarreira de Diego Saldanha a chegar em mais localidades do Brasil”, destacou o engenheiro Madson Saldanha.

Mais que tecnologia, um símbolo

A iniciativa já é referência em educação ambiental, aproximando escolas, universidades e comunidades da pauta da sustentabilidade. Além da barreira flutuante, visitas técnicas e palestras promovem a conscientização sobre a urgência de proteger os rios.

O próximo passo

Com o projeto básico em mãos, abre-se caminho para novas parcerias, captação de recursos e inclusão da Ecobarreira em políticas públicas de sustentabilidade e programas de ESG. A meta é clara: transformar a invenção curitibana em uma solução acessível e escalável para rios de todo o Brasil.